O termo "igreja" foi introduzido por Jesus em Mateus 16.18, a partir da palavra grega ekklesía, que significa "assembleia", "comunidade" ou "grupo solene de pessoas". Isso revela que a Igreja não é uma invenção humana, mas uma iniciativa divina — nascida do coração de Cristo.
Jesus também profetizou a vinda do Espírito Santo:
“Mas quando o Pai enviar o Encorajador, o Espírito Santo, como meu representante, ele lhes ensinará todas as coisas e os fará lembrar tudo que eu lhes disse.” (João 14.26)
E declarou, pela primeira vez, o propósito da Igreja:
“Agora eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha igreja, e as forças da morte não a conquistarão.” (Mateus 16.18)
Na Bíblia, a Igreja é descrita por meio de metáforas profundas: é a Noiva de Cristo (Efésios 5.32), o Corpo de Cristo (Efésios 4.15–16), e o Templo de Deus (1 Coríntios 3.16–17). Esse templo, no entanto, não se refere a uma estrutura física, mas à comunidade de pessoas, de todas as nações, línguas e povos, chamadas a cumprir o propósito de Deus na terra com o auxílio do Espírito Santo.
O pastor Rick Warren define a Igreja assim:
“A igreja é um grupo de cristãos batizados, que se comprometem juntamente em serviço e adoração para cumprirem os propósitos de Deus na terra.”
A Igreja não é apenas uma organização, mas um organismo vivo!
Muito antes do Pentecostes, o profeta Joel já havia anunciado essa promessa:
“...derramarei meu Espírito sobre todo tipo de pessoa. Seus filhos e suas filhas profetizarão; os velhos terão sonhos, e os jovens terão visões... todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Joel 2.28–32)
Esse evento marca o início de uma nova etapa no plano divino — um período conhecido nas Escrituras como os “Últimos Dias”, definido pela ação contínua do Espírito Santo na vida da Igreja.
Os Últimos Dias correspondem ao tempo em que vivemos atualmente como Corpo de Cristo. Essa era foi inaugurada no dia de Pentecostes, com a descida do Espírito Santo, e se estenderá até a consumação final de todas as coisas, no chamado “Fim dos Tempos”.
O apóstolo Pedro confirma essa realidade ao interpretar o que acontecia em Pentecostes como o cumprimento da profecia de Joel:
“Pelo contrário! O que vocês estão vendo foi predito há tempos pelo profeta Joel: ‘Nos últimos dias’, diz Deus, ‘derramarei meu Espírito sobre todo tipo de pessoa...’” (Atos 2.16–17)
Portanto, a relação entre a Igreja e o Espírito Santo é essencial para um crescimento saudável da comunidade cristã.
O Pentecostes marca também o batismo com o Espírito Santo e com fogo:
“No dia de Pentecostes, todos estavam reunidos num só lugar... Então surgiu algo semelhante a chamas ou línguas de fogo que pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo...” (Atos 2.1–4)
Contudo, é importante entender que esse batismo não se resume ao dom de falar em línguas, mas representa uma capacitação espiritual e progressiva, que transforma o crente à semelhança de Jesus.
O apóstolo Paulo reforça essa ideia ao dizer a Timóteo:
“...Deus não nos deu um espírito que produz temor e covardia, mas sim que nos dá poder, amor e autocontrole.” (2 Timóteo 1.7)
Com base nisso, podemos didaticamente organizar as características do Espírito Santo em três dimensões:
Poder – relacionado aos 9 dons espirituais (1 Coríntios 12.8–11);
Amor – relacionado aos 9 frutos do Espírito (Gálatas 5.22), que moldam o caráter;
Autocontrole – relacionado às chamas do Espírito (Isaías 11.2), que comunicam sabedoria e discernimento.
Nas próximas aulas, vamos explorar detalhadamente cada um desses aspectos da atuação do Espírito Santo na vida dos crentes.